Por: Ribeiro Aires

A diocese de Vila Real, em dia de tempestade, viveu, na tarde do passado domingo, um dia da maior relevância histórico-religiosa, em horas de júbilo e de emoção, com a ordenação episcopal de D. Sérgio Dinis, na igreja de Nossa Senhora da Conceição.

Foi bispo ordenante principal, D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real, e bispos ordenantes o cardeal D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima, e D. Rui Valério, patriarca de Lisboa.

Marcaram presença na celebração diversos representantes do Clero, do Governo e da Presidência da República, das Forças Armadas e de Segurança, bem como autarcas e instituições e fiéis.

Na homilia eucarística, o bispo diocesano, considerou que “Esta celebração é, antes de mais, expressão da nossa gratidão a Deus que chama pastores para os pastores de que o seu povo precisa.  Manifesta ainda a nossa profunda comunhão com o Papa Francisco que confiou a D. Sérgio uma nova e importante missão na Igreja. A escolha de alguém para servir a Igreja em qualquer lugar ou grau do ministério tem sempre algo de surpreendente e de misterioso. Mas a sua explicação decisiva encontra-se no mistério do amor de Deus que na sua infinita liberdade convoca e desafia a nossa liberdade.

A celebração da eucaristia continuou com a liturgia da ordenação episcopal: apresentação do eleito, promessa do eleito, súplica litânica, imposição das mãos e oração de ordenação, unção da cabeça e entrega do livro dos evangelhos e das insígnias e convite do bispo ordenante ao novo bispo para ocupar o primeiro lugar entre os bispos celebrantes, recebendo, a seguir, o ósculo da paz do bispo ordenante principal e de todos os outros bispos.

As palavras mais sentidas, mais preciosas foram, no entanto, para a família, no seio da qual tudo começou: pais, irmã, cunhado, tios, sobrinhos e primos. A todos disse: “sou de Cristo, mas continuo a ser vosso.” Referência especial à avó paterna que, “com quase 105 anos” lhe ofereceu o anel episcopal.

Há ainda uma nota a citar nesta homilia episcopal e dirigida a todos os sacerdotes diocesanos: “A melhor coisa do mundo é ser padre”. Até agora, posso dizer-vos o mesmo: ser padre é a melhor coisa do mundo… Ser bispo… já não tenho tanta certeza! Ainda não sei! Espero, contudo, com a graça de Deus ser um bispo feliz, testemunha da esperança e da alegria do evangelho.”

Num último ato D. Sérgio Dinis percorreu toda a igreja abençoando todos os fiéis.

O novo bispo vai tomar posse do Ordinariato Castrense a 20 de fevereiro, em Lisboa, sucedendo a D. Rui Valério, atual Patriarca lisboeta.

Reportagem completa na edição 934 do Notícias de Vila Real.