O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, anunciou esta quinta-feira, dia 25 de janeiro, que vai apresentar queixa no Ministério Público (MP) por carta difamatória contra elementos da autarquia.

Em conferência de imprensa, Rui Santos afirmou que o conteúdo do documento é falso, “desde as acusações aos supostos autores, o partido dos cobardolas conseguiu, no entanto, um dos seus objetivos, obrigou a que hoje eu esteja a reagir perante vós”. Além disso, o autarca anunciou que vai entregar uma queixa ao MP na qual “acusaremos incertos, mas apresentaremos as nossas suspeitas sobre a autoria desta vergonha.

Entre os dias 23 e 24 de janeiro, dias em que foram aprovadas as listas do PS no Conselho Nacional e o aniversário do autarca, foi difundida através das redes sociais, e-mail e em papel, uma missiva anónima com acusações contra o presidente da câmara, alguns vereadores, empresários e dirigentes socialistas.

A disseminação da carta surgiu, segundo o presidente, na proximidade de atos eleitorais como as legislativas de 10 de março, as europeias de nove de junho e as autárquicas do próximo ano, que apontou como responsável desta campanha o “partido dos cobardolas”.

O edil vila-realense lamentou que os trabalhadores do município tenham sido usados “como escudo” para “intenções pessoais e políticas baixas e falsas”, recordando que o texto é “anónimo, cobarde e sem rosto”.

“Não é segredo que fui convidado para encabeçar a lista do PS”, referindo-se às legislativas de 10 de março, “e que havia muita gente convencida de que eu, de facto, encabeçaria a lista no distrito de Vila Real”. No entanto, confirmou que sempre disse “que não trocaria o lugar de presidente de câmara por nenhum outro e que estar como presidente de câmara de Vila Real foi, é e será a minha prioridade e a maior honra da minha vida”.

Voltou a colocar o “partido dos cobardes” no centro da responsabilidade “acreditando que eu seria anunciado como candidato do PS, escolheram a data da aprovação das listas do PS para difundirem massivamente um verdadeiro folhetim que procura atingir uma série de cidadãos e as suas famílias apenas porque cometeram o crime de serem próximas de mim, do PS ou da câmara”.

Rui Santos recordou que a campanha difamatória já se repete desde 2013, ano em que venceu as eleições autárquicas pela primeira vez pelo PS para a Câmara Municipal de Vila Real, tendo visto todas as queixas serem arquivadas.

Garantiu ainda que não quer reagir às acusações que lhe são feitas em concreto pois, “a possibilidade de me referir a elas seria dar-lhes algum crédito que não têm”. A confirmar-se o envio da carta para a Procuradora-Geral da República, o autarca espera que o “MP investigue rapidamente, com grande profundidade, e que, como aconteceu em todas as situações anteriores, arquive este produto de ódio e de loucura”.

Carlos Pereira Cardoso