A Federação Distrital do PS aprovou na noite de segunda-feira, dia 22 de janeiro, Álvaro Beleza como cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Vila Real.

Álvaro Beleza é natural de Lisboa, médico de profissão e presidente da SEDES, Associação para o Desenvolvimento Económico e Social e apoiou Pedro Nuno Santos nas eleições internas, embora seja da ala moderada do partido.

Para além do médico, a lista conta com Fátima Correia Pinto, Agostinho Santa, Susana Barroso e José Rendeiro nos lugares elegíveis.

Na lista aprovada com 26 votos a favor contra 25 contra e ainda quatro votos em branco, nota para a ausência de elementos da concelhia de Vila Real. Em declarações à Universidade FM, José Silva, presidente da concelhia do PS Vila Real referiu que a não indicação de elementos deveu-se à escolha de alguém de fora do distrito para encabeçar a lista, algo que a concelhia não aceitou.

José Silva revelou que o presidente da Câmara Municipal, Rui Santos, foi convidado para liderar a lista, mas “tem um compromisso para com os vila-realenses e vai honrar esse compromisso”, não tendo aceitado esse convite.

No entanto, o dirigente socialista garante que irão fazer campanha pelo partido porque “acima de tudo somos socialistas e queremos a vitória do PS, porque entendemos que é o garante do bem-estar dos portugueses”.

A composição da lista deixou o sexto lugar para André Abraão da JS, algo que não agradou à estrutura distrital da JS, que nas últimas eleições tinha dois jovens presentes na lista.

Ao Notícias de Vila Real, o presidente da Federação Distrital da JS, André Abraão, contou que depois do trabalho realizado pelos jovens e do esforço que têm tido na implantação no distrito, “é inconcebível para nós mantermos o mesmo lugar e atirar-nos para um sexto”.

O dirigente assinalou que não alinham e são contra a ideia de que “existe um muro intransponível em Vila Real que os jovens não podem ter voz ou não conseguem ter voz, porque por serem jovens e terem que crescer e terem tempo”.

No entender de André Abraão, esta seria a oportunidade para o PS se renovar no distrito “especialmente quando partimos para estas eleições com uma ideia de que um partido como o Chega, de extrema-direita, que tradicionalmente não teria lugar e que as sondagens dizem que poderá tê-lo”. No entanto, reforçou, à semelhança de José Silva, a união em torno do partido a partir do momento em que se aprovarem as listas no Conselho Nacional.

A lista segue agora para aprovação no Conselho Nacional que decorre esta terça-feira, dia 23 de janeiro.

Carlos Pereira Cardoso