Era uma vez uma princesa, quer dizer, não é propriamente uma princesa assim daquelas de carne e osso, ou daquelas que por serem imaginárias nunca existiram, mas que fisicamente em tudo se assemelham às que comem, vivem e respiram, umas mais esbeltas que outras, mas todas bem arreadas como é de sua condição.
Esta, a princesa de que vos pretendo falar, tem a forma e o conteúdo de uma região, uma terra de rio, de gente e de vinho. Como as de estirpe dada pelo criar dos artistas, e como as de condição real na sociedade, também ela é merecedora de muitos louvores e de muito se presentear com loas e com juras de amor.
O nascimento da sua importância suscetível de poder ser tida e considerada como algo que conta e como coisa digna de louvor e de valor, aconteceu no dia 10 de setembro de 1756, dia em que por legislação do rei, lhe foram delimitados os contornos e escritas as regras para o seu desenvolvimento.
Não foram necessários então, muitos anos para ela se embelezar e para acrescentar riqueza. Tornou-se conhecida e viu os seus dotes extremamente valorizados. Graças ao árduo trabalho de quem dela cuidava, quase num nada, viu o vinho produzido nos seus vinhedos ser apreciado neste mundo de Deus adiante.