Vila Real e o país foram afetados por um apagão, na manhã do dia 28 de abril, motivado por falhas de energia que se fizeram sentir também em Espanha e algumas zonas de França.
A falha de energia levou ao fecho de diversos serviços e lojas comerciais, bem como à falha de equipamentos como semáforos e outras estruturas rodoviárias. As autoridades realizaram esforços para minimizar os constrangimentos.
Os principais hipermercados da cidade registaram longas filas na corrida ao abastecimento de mantimentos por parte da população. O Nosso Shopping encerrou praticamente todas as lojas comerciais, tendo mantido aberta apenas a superfície Auchan.
Também nos hospitais sentiram-se constrangimentos com o cancelamento de exames e cirurgias, mantendo apenas a funcionar os serviços de urgências e internamento.
O Governo informou, através do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que “a normalidade está largamente alcançada”, afastando indícios de ataque na origem do apagão e garantindo que “não são necessárias restrições de consumo”.
A REN – Redes Energéticas Nacionais, responsável pelo transporte de energia, confirmou ao longo do dia, a existência de perturbações na rede com origem fora do território nacional, tendo garantido, numa nota publicada no seu website, a reposição do “funcionamento de todas as subestações da Rede Nacional de Transporte (RNT)” até às 23h30 do dia de ontem (28).
O aviso refere que se deveu a um “evento absolutamente excecional, com origem externa”, e que levou ao “blackout de Espanha e Portugal”, levando a uma colaboração com operadores de rede nacionais e internacionais.
E-REDES confirma reposição da rede elétrica nacional
Em comunicado, a E-REDES, empresa responsável pelo fornecimento de eletricidade em Portugal, anunciou que “concluiu com sucesso a reposição integral do fornecimento de eletricidade aos seus clientes”.
“Através de uma atuação coordenada e da gestão integrada da rede elétrica — nos níveis de alta, média e baixa tensão — foi possível realizar a religação em cascata de forma célere e segura, minimizando o impacto da interrupção”, refere a nota.
A distribuidora de energia lembrou ainda “o empenho e dedicação das equipas técnicas envolvidas que responderam de forma rápida e articulada ao desafio”, agradecendo a sua “agilidade e sentido de missão demonstrados durante todo o processo de recuperação da rede elétrica”.
AdIN manteve fornecimento de água e recolha de saneamento
Contamos as Águas do Interior Norte (AdIN) que nos informou, através do responsável da unidade de gestão, Jorge Rodrigues, que foram realizados esforços no sentido de “minimizar os constrangimentos no abastecimento de água e recolha de saneamento”.
Além disso, foi feita uma “gestão de caudais através do bombeamento de água por estações elevatórias para reservatórios”, para prolongar o abastecimento.
O responsável adiantou ainda que durante a noite fizeram uma monitorização da rede para garantir o fornecimento de água a pontos essenciais como o hospital central de Lordelo.
Estabelecimentos de Ensino mantiveram atividade letiva
Contactamos todos os agrupamentos de escolas e escolas secundárias do concelho de Vila Real que explicaram que foi mantida a atividade letiva normal ao longo do dia.
As refeições foram asseguradas aos alunos em todas as escolas, dado que aquando do início do apagão (11h33) já se encontravam confecionadas.
Também a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) manteve o seu funcionamento, tendo sido lecionadas aulas que não dependeram do recurso a equipamentos elétricos.
Redes móveis foram afetadas
Com a falha de energia sentida em todo o país, foram muitos os que deixaram de conseguir fazer comunicações ou de utilizar internet móvel nos seus dispositivos, apesar de ainda terem bateria.
As três operadoras de rede móvel em Portugal, Vodafone, Meo e Nos, assumiram a existência de algumas perturbações na rede, tendo acionado o plano de contingência, confirmaram durante o dia de ontem à Agência Lusa.