A “nossa” Vila Real

Por: Anabela Quelhas

Muitas cidades possuem uma estátua, que personifica e dá imagem a um aglomerado urbano, já que este se forma tal como os homens organizam as suas cidades, oscilando entre o desenho orgânico das cidades medievais, ou planeado com desenho pensado relacionando forma/função com racionalidade e exigências das cidades novas. Nos dois casos a essência desse aglomerado é sempre algo abstracto e com dimensão gigante. Não se pode abraçar, beijar, acariciar ou apunhalar as cidades, porque estas acções implicam um interlocutor humanizado, e a disposição de ruas e edifícios, é algo que existe numa grande escala e a sua história perde-se na espiral do tempo.

A estatuária é algo imaginado pelo Homem como testemunha que pára o tempo e passa a integrar a identidade de um grupo de pessoas, publicita eventos, personalidades e preserva memórias, ou até emite sinais de engrandecimento por forma a motivar o orgulho e a determinação do observador, para grandes feitos.

No século XVIII, Vila Real, assim como noutras cidades, fez nascer o seu espaço público com alguma visibilidade, refiro-me ao Campo do Tabulado – lugar público por excelência, passeio público, de passagem obrigatória, com vida social activa, onde se realizavam os grandes eventos da época, a feira de Santo António, corridas de cavalos e de touros e os festejos nos dias das procissões – e o desejo de enriquecer esteticamente este espaço, associou a arquitectura e a escultura, utilizando modelos clássicos para esculpir na pedra e incluindo pormenores que ajudassem a contar uma história.

Vila Real também possui a sua estátua – tema a que me limito a partilhar informação, porque não descobri nada de novo. (escarpasdocorgo.blogspot.com e revista TELLUS)

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Artigo completo na edição número 932 do Notícias de Vila Real.