Vila Real é o distrito onde os preços das casas para arrendar mais subiram em agosto, segundo o idealista.
Arrendar casa no distrito de Vila Real está consideravelmente mais caro do que há um ano. Segundo os dados mais recentes do índice de preços do idealista, divulgados esta semana, os valores das rendas habitacionais aumentaram 34,7% em agosto de 2025 face ao mesmo mês de 2024 — a maior subida entre todos os distritos e regiões autónomas do país.
Apesar deste crescimento acentuado, o distrito de Vila Real continua a ter dos preços mais acessíveis para arrendamento, com uma mediana de 8,6 euros por metro quadrado (€/m²). Este valor coloca Vila Real entre os cinco distritos mais económicos de Portugal para arrendar habitação, a par de Castelo Branco, Viseu, Portalegre e Santarém.
A nível nacional, o preço mediano para arrendar casa em Portugal situou-se nos 16,8 €/m² no final de agosto, representando um aumento homólogo de 3,3%. Em termos trimestrais, os preços mantiveram-se estáveis.
Vila Real fora do top das capitais com maiores subidas
O relatório do idealista não destaca especificamente o concelho de Vila Real (capital de distrito) entre as cidades capitais com maior valorização das rendas. Ainda assim, os números agregados do distrito evidenciam uma crescente pressão no mercado de arrendamento, possivelmente impulsionada pela procura por parte de estudantes, novos residentes e profissionais deslocados.
A título de comparação, Lisboa continua a liderar o ranking dos preços mais elevados, com 22,2 €/m², seguida pelo Porto (17,7 €/m²) e Funchal (15,1 €/m²).
Tendência nacional: todas as regiões com aumentos
Todas as regiões do país registaram subidas nas rendas. A Região Autónoma dos Açores liderou a variação anual (15%), seguida pela Madeira (10,5%) e Algarve (10,4%). A região Norte, onde se insere o distrito de Vila Real, registou uma subida média de 4,3%.
No entanto, o crescimento observado em Vila Real ultrapassa largamente esta média regional, o que pode indiciar alterações estruturais no mercado local — como a escassez de oferta, aumento da procura ou novas dinâmicas no setor turístico e estudantil.